HOJE É DIA DE OGUM – SARAVÁ OGUM ! OGUNHÊ MEU PAI !

HOJE É DIA DE OGUM – SARAVÁ OGUM ! OGUNHÊ MEU PAI !
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ORIXÁ  OGUM
Conta a lenda do candomble que na terra de Ifé todos os orixás e os seres humanos viviam em igualdade. Caçavam y plantavam usando seus instrumentos feitos de madeira, pedra ou de algum metal muito mole que pudesse ser trabalhado com as mãos somente.
Como a população cresceu muito a comida estava faltando; era necessário aumentar a área de terra das plantações.

Mas havia um problema: como fariam para desmatar tudo rapidamente?
Ossaim, o orixá da medicina, se ofereceu para ser o primeiro a limpar o terreno escolhendo as ervas curadoras. Mas ele não tinha uma ferramente forte.
Igual a ele todos os orixás tentaram fazer o trabalho, mas fracassaram por falta de ferramentas fortes. So havia um orixá que, mesmo detendo o poder do fogo, não tinha se manifestado.

Era OGUM que quando todos fracassaram pegou seu facão de ferro, foi à mata e limpou o terreno.

Todos ficaram surpresos e quiseram saber do segredo desse metal, Ogum disse que era um segredo seu que ele recebeu de Orunmilá e isto despertou a inveja de todos. O ferro de Ogum aumentou a produção nas plantações e ajudou na caça.


Como ele não contava o segredo os orixás lhe ofereceram o reino em troca dele e Ogum aceitou a proposta.

Mas, com ciúmes, os humanos também quiseram a receita do ferro.
E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, ensinando a todo caçador e guerreiro a fazer as lanças de ferro.

Ogun criou a forja depois de consultar Ifá, o adivinho, que lhe disse para fazer um ebó e depois esperar um chuva e procurar um lugar com aréia negra e fina da qual ele deveria apanhar um pouco e coloca-la no fogo para queimar. Ao queimar a areia Ogum viu que ela se tornou sólida e forte; se fez ferro. Então, Ogum descubriu que poderia trabalhar o ferro quando estava quente e fez a primeira ferramenta: un alicate para retirar do fogo quente as outras ferramentas. E passou a produzir todas as espécies de ferramentas de ferro trazendo fartura para todos. Devido a dar prosperidade a todos passou a ser chamado de Aquele que Transforma a Terra em Dinheiro.

Ogum ajudava a todos, a Oxaguiã, rei de Ejigbô, que tinha levado o costume e o gosto pelo inhame a seu povo, Ogum lhe ensinou a fazer a enxada e o enxadão, a foice e a pá, fez o ancinho, o rastelo e o arado. Este povo ofereceu inhame a Ogum em agradecimento porque a fome acabou.


Ogum era um caçador e às vezes ficava muitos dias longe da aldeia, mesmo sendo o comandante de tudo. Ficava fora e voltava todo sujo e o povo não gostava de ver seu líder nesse estado; passaram a desprezá-lo e quiseram tirar o poder dele o que deixou Ogun muito decepcionado porque quando queriam o ferro o tratavam bem e agora que já o tinham queriam tirar o que tinham lhe dado.


Então, Ogun se banhou, vistiu-se com folhas de palmeiras desfiadas, pegou suas armas e partiu. Foi para um lugar chamado Irê, construiu sua casa embaixo de um acocô e por lá ficou.

Ogum Onirê Quando reinou em Irê, Ogum trouxe muitas riquezas para o povo. Ele guerreava com os outros povos, trazia escravos para trabalhar a terra e riquezas. Como recebeu do seu pai as terras de Irê, passou a ser chamado de Onirê, o Rei. Os humanos não esqueceram dele e celebram seu dia com festas reunindo os caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros.

Ogum dá tanta fartura que um dia, junto com seu exército, parou num barraca em que uma senhora preparava mingau para o desjejum. Esta comerciante estava passando necessidades e, consultando o jogo de búzios lhe dizeram para preparar um ebó para melhorar de vida. Ogum e seus soldados comeram, mas não tinham dinheiro para pagar então, devido à grande generosidade dela e retribuindo-a Ogum dividiu com ela o butim de guerra. Foi assim que a vendedora de acaçá tornou-se riquíssima.

Quando se veste com a coroa sem franjas chamada acorô passa a ser chamado de Ogun Alacorô.


Como Ogun se tornou Orixá
Um dia sendo rei de Irê, Ogun retornou de uma das suas caçadas, mas o reino estava em silêncio numa cerimônia especial em que ninguém podia falar nem se olharem nos olhos por um dia. Ogun estava com fome, sujo e com sede e ninguém lhe dava atenção. Ele se sintiu desprezado e, sendo rei, empunho sua espada e saiu destruindo e matando a quem encontrava, mas preservou os mais chegados a seu pai. Ao fim do ritual, com eles se dirigiu a seu pai aonde lhe lembraram do dia especial do silêncio para o reino. Ogun, que já havia comido e se trocado, se sintiu muito culpado pelo que tinha feito e nada parecia consolá-lo. Então, atormentado, ele pegou sua espada e a enfiou no chão com muita força. A terra se abriu e ele foi tragado solo abaixo. Ogun estava no Orum, o Céu dos deuses. Ogun não era mais humano. Ogun se tornou um Orixá.


UMBANDA
No sincretismo católico-africano, adotou-se como dia de Ogum o 23 de abril, dia dedicado a São Jorge.
Na Umbanda Ogum é reverenciado como São Jorge.

Cor: vermelho. Em alguns terreiros do sul as cores usadas se aproximam do Candomblé; geralmente quando se faz presente nos terreiros o Orixá fala quais cores adota por isso não se pode aplicar a regra das cores impositivamente.

SÃO JORGE
Jorge nasceu na Turquia e se mudou ainda criança para Palestina junto com a mãe e após a morte do pai em batalha. Sendo uma mulher de posses ela o educou com esmero e ao crescer ele escolheu o caminho militar, militando no exército romano recebendo honrarias do Imperador. Aos 23 anos transferiou-se para Roma aonde exerceu a função de Tribuno Militar. Com a morte da mãe herdou todos os bens e mudou-se para mais perto do Imperador romano. Com esta proximidade pode constatar a crueldade do mesmo com o povo cristão, distribuiu toda a sua riqueza entre os pobres e se empenhou em sua defesa. Quando Diocleciano falou de seus planos para matar todos os cristãos, no dia marcado para o Senado apoiar esta decisão, Jorge se levantou dizendo que não o apoiaria porque todos os ídolos adorados nos templos romanos eram falsos deuses. Frente à surpresa de todos Ele defendeu a Fé em Jesus Cristo deixando claro que acreditava nesta Verdade e a defenderia frente a todos.

Com estas palavras Jorge se colocou contra o Imperador que tentou fazê-lo desistir torturando-o de muitos modos. Entre uma sessão e outra ele era levado ao imperador que lhe perguntava-se renegaria Jesus em favor dos Deuses Romanos. Mas Jorge reafirmava sua Fé conseguindo com o tempo que muitos romanos o apoiassem inclusive a esposa de Diocleciano que se converteu ao Cristianismo. Frente ao fracasso das suas tentativas, O Imperador mandou degola-lo no dia 23 de abril de 303 D.C., na Ásia Menor. Posteriormente o Imperador Cristão Constantino mandou construir uma grande Basílica aberta ao público para que a devoção ao este Santo se espalhasse por todo o Oriente.

SÃO JORGE  se tornou patrono da Inglaterra, Catalunha, Portugal, Lituânia e Geórgia. É o maior santo da Igreja Católica.
Ele é o Padroeiro dos Escoteiros.

SIMBOLOS
DRAGÃO representa o demônio e seus poderes negativos combatidos pelo Santo.

LUA Tem uma relação com este planeta e se fala que as manchas da lua representam São Jorge lutando com o dragão.

 

Bibliografia: Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – Ed. Companhia das Letras, 13ºreedição,2001. (parte do Candomblé)

Vários apontes de Umbanda

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