MADONAS OU VIRGENS NEGRAS
As Virgens ou Madonas Negras geram uma grande curiosidade sobre a humanidade.
Madonas ou Virgens Negras têm relação com a Deusa Negra, convertida em Virgem que pela própria ação Divina gerará um filho ao mesmo tempo humano e divino que pode salvar a humanidade. Vemos isto em Maria, Mãe de Jesus; Krishna; Isis e seu filho Horus e, mas modernamente, Merlin, o Mago do qual não se conhece a mãe terrena mas nascida de uma virgem celta.
As Madonnas – Senhoras – são cultuadas em todo o mundo e sempre foram por todas as culturas desde o chamado paganismo até as religiões dogmáticas.
Elas representam a origem do ser humano, uma negritude, uma primeira raça que não houve planeta Terra. Seu culto deriva das tradições celtas e muitos foram romanizados pela Igreja Católica e copiados por outras religiões.
Madonas sempre foram cultuadas para abençoar crianças daí a escolha do dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, como dia das crianças neste país, enquanto em outros paises da América se comemora o dia da raça.
INCONSCIENTE COLETIVO
No inconsciente coletivo, tão bem ensinado por Jung, elas representam a Grande Mãe, a Energia Universal Criadora, o útero. Também como Madonas tem relação com a fase crescente
da Lua, fase esta em que a Lua é virgem.
Assim, seu instinto não é usado para se apaixonar e manter relações sexuais, mas sim para parir filhos de amor e olhar para toda a humanidade com amor.
Mesmo sendo deusa do amor é cultuada como virgem.
A Madona possui características próprias: ela não representa o aspecto feminino de nenhum Deus. Ela é Antiga e Eterna, a Mãe de Todos. E ela se mantém virgem porque não precisa do aspecto masculino: ela é o que é. E por ser autêntica no aspecto feminino de fecundidade e pureza ela é escolhida pelo Deus para ser fecundada.
Seus santuários encontrem-se sempre na natureza e suas aparições são principalmente perto ou na própria água: é a Mãe-lua, a Virgem. Ou em grutas, lugares escuros, por isso são chamadas de luzes da escuridão. E suas representações e nome têm relação com a água: Maria é chamada na igreja de Santo Vaso do Espírito Santo; Isis era simbolizada com um vaso de água.
Um vaso sagrado reconhecido pelo nosso inconsciente como o Grande Receptor dos Mistérios é o Santo Graal, que segundo algumas palavras é o vaso que Maria Madalena leva em sua mão.
NEGRAS, POR QUÊ?
Ao representar a Grande Mãe com a cor negro quer se buscar o
significado do poder da noite, do centro da Terra, Mãe-Terra; a matéria primordial que é gerada alquimicamente a partir do ‘negro’ até o surgimento do ‘dourado’ ouro.
Assim, podemos falar de Maria vestida de sol, numa alusão à união de Maria-Mãe-Lua com Deus-Pai-Sol.
Desde a antiguidade se cultuava no Templo de Éfeso uma estatua negra da Grande Deusa, que seria irmã do Deus Apolo. Éfeso foi o lugar aonde Maria viveu depois da passagem do seu filho Jesus, e acredita-se que tenha sido aqui a sua Ascensão. Quando os primeiros cristianos faziam suas peregrinações aos locais sagrados levavam consigo uma pedra negra representando a Maria e deixavam na entrada das cidades pelas quais passavam.
Isto foi posteriormente encoberto pela Igreja Católica com a construção de uma imagem de Maria, mas ainda se conserva esta tradição nos paises com raízes européias de América do Sul e Central.
ALGUMAS VIRGENS NEGRAS
NOSSA SENHORA APARECIDA (DO BRASIL)
Segundo narrações teria aparecido em 1717, no mês de outubro, tendo sido encontrada por um pescador, João Alves, que a ‘pescara’ com sua rede do rio Paraíba. Disto deriva seu nome de Aparecida porque foi chamada primeiramente pelos pescadores da região de nossa Sra. Da Conceição por achar que tinha uma lua a seus pés. Foi achado primeiro o corpo e depois a cabeça.
ISIS (Egito)
Foi a esposa de seu irmão Osíris, reverenciado como deus da agricultura. Ao ser morto no rio Nilo, Isis o devedor ardentemente e seus poderes mágicos para recompor o corpo. Após a morte de Osíris, Isis da luz seu filho Horus, Deus Sol e protetor do Egito. Segundo a mitologia, após a sua morte foi morar na Lua e Osíris no sol. Isis era invocada como Senhora da cura, restauradora da vida e fonte de águas curativas.
IEMANJÁ (África)
Deusa da nação Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá). Orixá tida como mãe de quase todos os Orixás Iorubanos, pertence a ela o dom da fecundidade. É protetora dos pescadores e jangadeiros.
OXUM
Nome de um rio da Nigéria, rio Oxum, considerada a morada mítica da Orixá. Ela é destacada como a dona da água doce e de todos os rios. Estes últimos e as cachoeiras mostram a imagem cristalina de uma influência muito forte já que atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas. Protetora das mulheres, dos ventres férteis e das crianças. Representa a Mãe Jovem.
SANTA SARA
De acordo com a mitologia, povo cigano cultua uma deusa indiana associada à figura de Sara chamada Kali, que no idioma sânscrito significa “negra” ou “escura”, portanto seria Sara, a Morena ou Sara, a Negra. Ela seria uma serva de origem Núbia, que acompanhou as três Marias: Jacobina, Salomé e Madalena na viagem para o exílio, e que junto com José de Arimatéia, teria fugido transportando o Santo Graal (o Cálice Sagrado). A barca se salva, e aportou com todos salvos na antiga Gália, hoje França, na região de Saintes-Maries-de-La-Mer.
KWAN YIN
Lendas budistas dizem que esta Deusa nasceu de um raio de luz branca saída de Amitabha Buda enquanto Ele meditava. Kwan Yin é representada de várias formas, sempre como protetora dos lares e das crianças. Ela é uma das deusas mais bonitas, representada carregando ou sentada sobre um lótus atravessando os mares e dominando um dragão com seu pé.
NOSSA SENHORA DE GUADALUPE
Reconhecida pelos espanhóis como a ‘Virgem Negra’, é a padroeira do México.
Antes dos espanhóis, eles cultuavam uma pedra negra que representava a fertilidade e fecundidade que foi destronada pela Igreja católica.