OGUM: O NAMORADOR E A SOMBRA DA TRAIÇÃO

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OGUM: o namorador
Amante da liberdade e das aventuras amorosas teve uma relação com Ojá e gerou OXÓSSI.

Depois amou Oiá (Iansá), Oxum e Obá as três mulheres do seu maior rival, Xangô.

Numa época Ogum vivia com Oiá; um dia seu irmão Xangô foi visitá-lo e se encantou com a beleza de Oiá desejando-a ardentemente. Xangô queria ter Oiá. Voltou à casa de Ogum dizendo-se doente. Ogun ficou muito preocupado e querendo agradá-lo pediu que ele ensinasse sua comida preferida, o amalá, para Oiá. O amalá foi preparado com as instruções de Xangô, mas antes de come-lo o orixá pidiu a Oiá que jogasse um pó que ele trazia e lhe advertiu para não provar da comida. Xangô comeu tudo com muita gula, mas, curiosa como ela é Oiá quiz saber o que era aquele pó e provou dela.
O pó tinha o poder de fazer sentir labaredas na boca e oiá começou a cuspir fogo (desde então Oiá tem o poder de botar fogo pela boca "fala quente", "explosiva"), mas quando Ogum viu assim sua mulher a repudiou e a entregou a seu irmão, Xangô que a rechaçou ironicamente, mas com a insistência de Ogum para que levasse Oiá, ele saiu de lá com Oiá muito feliz com a sua vitória.


Ogum estava casado com Oxum quando um dia, passeando pela cidade, começaram a discutir terminando com Ogum jogando Oxum no rio.
Seu irmão Xangô apareceu e salvou Oxum levando-a a seu palácio.
Um dia Ogun foi visitar Xangô e reencontrou Oxum que continuava muito bela.
Ele se arrependeu do que fizera e tentando tê-la de volta agradava seu irmão: mandou um carneiro gordo, mas Xangô rindo do irmão (e sabendo que queria Oxum de volta) lhe envia um cachorro magro. Como Xangô ela guloso, Ogum lhe enviou uma cesta grande cheia de quiabo para fazer o amalá.
Quando comia Xangô esquecia da vida, assim Ogum pegou Oxum de volta e a levou de volta.

Oxum vai com Ogum por todos lados: nas estradas, nas guerras, a qualidade de Oxum Apará, a guerreira, está sempre com Ogum.

 

Ogum era tão apaixonado por Oxum que um dia passando pela casa do irmão Xangô viu Oxum chorando na janela. Nem toda a beleza de Oxum escondia seu ar triste e choroso. Ogum, então, perguntou-lhe: Oh, rainha Oxum, por que choras? Ela respondeu: Aqui tenho conforto e luxo, estou coberta de ouro, mas não tenho minhas comidas preferidas. Estou morrendo de fome. Aqui só se come galo com quiabo. Ogum, debochando dela lhe deu cinco galinhas de presente que ela mandou cozinhar rapidamente comendo com fome e gula. Quando Xangô voltou encontrou sua mulher feliz e, ciumento dela com Ogum, não duvidou de que a felicidade dela era obra dele. E lá se foi Xangô brigar com Ogum, mas ele não quis briga e contou porque deu comida para Oxum. E discutiram pela forma como ela deveria ser tratada. Mas Xangô foi irredutível: ela teria que comer quiabo. Ogum não queria brigar para não magoar Iemanjá, a mãe de ambos, mas Xangô insistia e provocava até que Ogum jogou sua lança nele. A briga demorou e acabou sobre uma ponte aonde Xangô se rendeu com medo de cair na água já que a água apagaria seu fogo. (Xangô rege o elemento fogo)

 

 

TRAIÇÃO: A sombra de Ogum
Traindo seu pai, Ogum se deita com sua mãe.

O pai de Ogum, Obatalá tinha um galo branco que lhe servia de guardião. Quando ele não estava em casa o galo lhe avisava de tudo e ele voltava, se for preciso. Um dia Ogum aproveitou da ausência do pai e deitou-se com a mãe chamada Iemu. O galo avisou e ao voltar, Obatalá encontrou a porta de entrada trancada e o galo aos gritos. Iemu se deu conta do que estava acontecendo e pediu para Ogum que saísse correndo. O pai não encontrou nada, mas desconfiou. Pediu a sua mulher que prepara-se provisões para uma longa viagem e disse que iria se embrenhar na mata. Pela madrugada ele saiu, mas se escondeu por perto. Ogum e Iemu, felizes com a falta do velho na casa, se relacionaram de novo.
Então, o galo cantou:
Ogundadié! Ogundadié!
Obatalá voltou a sua casa e bateu na porta. Ogum abriu e viu-se frente ao pai e arrependido jogou-se de joelhos no chão pedindo para ser castigado de dia e de noite.
Ele próprio determinou sua pena:
enquanto o mundo fosse mundo ele não descansaria nem de dia nem de noite; as estradas seriam sua morada ajudando os viageiros e deles recebendo oferendas para sobreviver.


ABUSOS: Contam as lendas que Ogum abusava das mulheres que iam à floresta usando de violência para ter relações sexuais. Ouve uma jovem muito bonita chamada Iemanjá que foi de propósito à floresta para ser possuída pelo guerreiro fogoso. Depois da relação ela não quis mais ir embora, mas Ogum a expulsou dela. Angustiada Iemanjá foi pedir ajuda a sua irmã Oxum. Esta, querendo ajudar, vai procurar Ogum na mata, tomou um banho de mel e teve relação com ele. Quando Ogum quis mais ela exigiu que ele fosse até sua casa e os dois foram para a casa de Oxum, mas a esperta havia colocado sua irmã Iemanjá no lugar dela. E Ogum teve muito prazer naquela noite, pensando que era Oxum. De manhã quando viu que era Iemanjá ficou furioso! A espancou e saiu da casa. E tentou bater em Oxum também, mas ela fugiu para o rio e lá ficou até ele ir embora. Ogum voltou para o mato e seus filhos alimentam a ideia de ser violentos com as mulheres.

 

Bibliografia: Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – Ed. Companhia das Letras, 13ºreedição,2001.

Pesquisas em Psicologia do Comportamento.

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