MITOLOGIA DAS FOGUEIRAS JUNINAS
Com a celebração do Dia de São Pedro e São Paulo se fecha o ciclo das fogueiras às que se deu uma conotação Cristã por parte da Igreja Católica inspirando-se ou tentando se apropriar de festas típicas da época que pertenciam a outras mitologias.
Estas festas que incluem o fogo são de origem pagã nas que se acendem fogueiras ou se usam rituais com fogo celebrando a chegada do Solstício de verão, 21 de junho (no hemisfério norte) e o ritual principal se conhece por Litha, dando continuidade às fogueiras de Beltane festividade em que as pessoas dançam alegremente em torno dela.
A tendência destes rituais era, simbolicamente, dar mais força ao Sol que a partir dessa data perde sua força até a chegada do Solstício de Inverno em que se retira (simbolicamente) para dentro da Terra e reaparece na primavera. O Sol estava purificando as pessoas que o contemplam. Na noite se colhem ervas e flores para magias e cura.
Na Europa é muito festejada principalmente Itália, Espanha, Portugal (Fogueira de São João); Noruega (ritual de Jonsok), Dinamarca (Sankthans), Suécia (Midsommar), Finlandia (Juhannus), Estônia ((Jaanipäev) e Reino Unido (Solstício de verão).
Na América Latina no Brasil (Festas Juninas); na Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru, Porto Rico e Venezuela se festeja mais a noite de São João que por ser a mais longa do ano se relaciona com lendas muito antigas trazidas pelos colonizadores europeios como a Lenda da Encantada ( Espanha).
Outra celebração tradicional que se estende durante o mês de junho são as Verbenas de São Pedro que se realizam em toda Espanha e seu nome tem origem na flor verbena, miudinha e rosada, que os homens usam na lapela nos passeios e bailes.
A Igreja católica comemora no dia 29 de junho de Santos Pedro e Paulo copiando outra celebração pagã: o aniversário dos gêmeos Rómulo e Remo, respeitados como os pais de Roma que foram amamentados por uma loba e então conseguiram sobreviver.