EXÚ E A COMIDA
Exú era filho de Iemanjá e Orunmilá que organizava tudo sobre a Terra, Exú era o caçula. Ele era irmão de Ogum, Xangó e Oxóssi.
Exú tinha uma fome incontrolável, comia de tudo!
Comeu todos os animais da aldeia, os de quatro pés e os de penas. Mas, não parou por aí: comeu tudo das hortas, acabou com os inhames, as frutas e até as pimentas e o azeite de dendê.
Também bebeu todas as cervejas e gostava muito de aguardente e vinho.
Era incrível: quanto mais Exú comia, mas fome Ele tinha!
Primeiro comeu tudo o que ele mais gostava; depois comeu tudo o que encontrava em seu caminho.
O problema era que já estava ameaçando invadir os mares e comer todos os peixes.
Então Orunmilá ficou muito furioso e chamou Ogum para que o impedisse de avançar a tudo custo.
E para preservar a Terra, os próprios Orixás e todos os seres humanos e animais Ogum teve que matar o irmão.
Porém, a morte não acabou com sua fome insaciável. Mesmo depois de morto todos sentiam sua presença, sua fome terrível.
Tudo o que tinha sobrado estava sendo devastado, morto, sendo consumido.
As pessoas já não tinham mais o que comer; todos adoeceram e foram morrendo de fome porque não tinham mais o que comer.
Um dos mais sábios sacerdotes consultou o oráculo de Ifá e viu que mesmo em espírito, Exú, estava pedindo comida. Ele queria ser atendido. Exú queria comer.
Então seu pai Orunmilá ordenou a todos que ‘a partir desse momento sempre que fizerem oferendas aos Orixás em primeiro lugar deviam agradar a Exú servindo comida para Ele.’
Assim para haver paz entre todos e que a tranquilidade reine deve se oferecer comida a Exú. Dar de comer a Exú, aplacar sua fome, sempre traz coisas boas para todos.
Axé!
Laroyé Exú!